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16.2.07
E ENTÃO QUE EU VOLTEI!

Depois de um bom tempo sem postar, onde avaliei os prós e contras de tudo, estou aqui novamente com vocês... cheia de saudades!
Mas foi bom ter dado um tempo, precisava disso pra minha cabeça e meu coração já que não estava legal. Mas a saudade era tanta e a necessidade de escrever tão grande, que resolvi voltar com novo blog, nova URL e novas histórias pra compartilhar novamente com vocês.
Os mais chegados sabem pelo que passei - tanto que mantivemos contato por outros meios durante estes meses - mas gostaria de dizer a cada um muito obrigada pela força, amizade, incentivo e palavras sempre amigas.

De resto, não reparem no template ainda por terminar e caso alguns links não funcionem... ando brigando com o template já há um bom tempo e ainda estou colocando ordem na casa, viu?

Mas para ilustrar essa volta, nada melhor do que esse texto - que vamos combinar, é perfeito para a ocasião!

A MULHER QUE NÃO PRESTAVA

Depois de um bom tempo dizendo que eu era a mulher da vida dele, um belo dia eu recebo um e-mail dizendo "olha, não dá mais".
Tá certo que a gente tava quase se matando e que o namoro já tinha acabado mesmo, mas não se termina nenhuma história de amor (e eu ainda amava muito ele) com um e-mail, não é mesmo?

Liguei pra tentar conversar e terminar tudo decentemente e ele respondeu "mas agora eu tô comendo um lanche com os caras".

Enfim, fiquei pra morrer algumas semanas até que decidi que precisava ser uma mulher melhor para ele. Quem sabe eu ficando mais bonita, mais equilibrada ou mais inteligente, ele não voltava pra mim?

Foi assim que me matriculei simultaneamente numa academia de ginástica, num centro budista e em um curso de cinema. Nos meses que se seguiram eu me tornei dos seres mais malhados, calmos, espiritualizados e cinéfilos do planeta. E sabe o que aconteceu? Nada, absolutamente nada, ele continuou não lembrando que eu existia.

Aí achei que isso não podia ficar assim, de jeito nenhum, eu precisava ser ainda melhor pra ele, sim, ele tinha que voltar pra mim de qualquer jeito.

Decidi ser uma mulher mais feliz, afinal, quando você é feliz com você mesma, você não põe toda a sua felicidade no outro e tudo fica mais leve.
Pra isso, larguei de vez a propaganda, que eu não suportava mais, e resolvi me empenhar na carreira de escritora, participei de vários livros, terminei meu próprio livro, ganhei novas colunas em revistas, quintupliquei o número de leitores do meu site e ... nada aconteceu.

Mas eu sou taurina com ascendente em áries, lua em gêmeos e filha única!
Eu não desisto fácil assim de um amor, e então resolvi que eu tinha que ser uma super ultra mulher para ele, só assim ele voltaria pra mim. Foi então que passei 35 dias na Europa, exclusivamente em minha companhia, conhecendo lugares geniais, controlando meu pânico em estar sozinha e longe de casa, me tornando mais culta e vivida.

Voltei de viagem e tchân, tchân, tchân, tchân: nem sinal de vida.

Comecei um documentário com um grande amigo, aprendi a fazer strip, cortei meu cabelo 145 vezes, aumentei a terapia, li mais uns 30 livros, ajudei os pobres, rezei pra Santo Antonio umas 1.000 vezes, torrei no sol, fiz milhares de cursos de roteiro, astrologia e história, aprendi a nadar, me apaixonei por praia, comprei todas as roupas mais lindas de Paris.

Como última cartada para ser a melhor mulher do planeta, eu resolvi ir morar sozinha.

Aluguei um apartamento charmoso, decorei tudo brilhantemente, chamei amigos para a inauguração, servi bom vinho e comidinhas feitas, claro, por mim, que também finalmente aprendi a cozinhar.

Resultado disso tudo: silêncio absoluto.

O tempo passou, eu continuei acordando e indo dormir todos os dias querendo ser mais feliz para ele, mais bonita para ele, mais mulher para ele.

Até que algo sensacional aconteceu.

Um belo dia eu acordei tão bonita, tão feliz, tão realizada, tão mulher que eu acabei me tornando mulher demais para ele.
Ele quem, mesmo?


Tati Bernardi é cronista do Blônicas
(e qualquer semelhança com os fatos não é mera coincidência!)
Escribido por mi [10:48 PM]